segunda-feira, 13 de maio de 2013

Caminos Andinos - Primeiro dia


“Don't worry about a thing, 'cause every little thing gonna be all right...” No despertador, Gilberto Gil cantou às 5h. Essa foi a hora que acordei para a realização de um sonho de infância: conhecer Machu Picchu.

O sonho começou quando li uma reportagem sobre Machu Picchu na Revista National Geographic. Eu tinha uns 12 ou 13 anos. Há cerca de cinco anos, comecei a planejar a realização do sonho. Roteiro, gastos, transporte, hospedagem, tudo pensado e repensado várias vezes. No entanto, várias coisas aconteceram e adiaram a viagem: trabalho, desistência da galera que ia junto, investimentos em equipamentos. No final do ano passado, tendo em vista que completei 30 anos de idade, decidi que nas minhas próximas férias eu iria para a tão sonhada Cidade Perdida dos Incas. Preparei todo o roteiro, dia por dia, passeio por passeio, entrei em contato com a agência para agendar a trilha inca, comprei equipamentos e roupas.

Saindo de casa rumo à cidade perdida dos incas.
Às 6h embarquei no ônibus que saiu de Campos do Jordão rumo a São Paulo. Ele saiu no horário, o que pode ser um sinal de que nada vai atrasar na viagem. Essa parte foi bem tranquila, dormi praticamente o percurso todo. Chegamos na rodoviária do Tiête às 9h. Às 9h30 já estávamos na rodoviária da Barra Funda. Trocamos os vouchers pelas passagens e começamos nossa espera. O horário de saída do busão era às 14h30.

Esperar em rodoviárias foi uma coisa que praticamos muito durante a viagem.

Aqui na rodoviária da Barra Funda dá para ver muitos bolivianos circulando. São todos bem parecidos, tanto na aparência física, quanto no jeito de se vestir. Acho que o ônibus vai lotado, o que pode tornar as 22 horas de viagem até Puerto Suarez em uma árdua aventura, principalmente pelo fato de termos visto várias crianças, inclusive de fraldas. Imagina como vai ser quando essas fraldas precisarem ser trocadas?

Durante 22 horas esse foi nosso lugar de aconchego.

O ônibus saiu no horário e com todos os lugares ocupados. Nele podíamos ver rostos ansiosos para rever a família, para voltar para casa e rostos sorridentes em busca da realização de um sonho...


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