segunda-feira, 31 de março de 2014

Mundo Sub

Na primeira vez a sensação é estranha. A máscara. O equipamento incômodo, um pouco pesado. Você entra vagarosamente na água e seu rosto é submerso. A primeira reação é prender a respiração. Quando o ar já quase falta, inspire; o ar chega com um silvo tranquilizador e, pela primeira vez, você respira sob a água. Em poucos minutos, você esquecerá da máscara. O equipamento passa a ser leve e ágil e você se sente livre como nunca antes. Com a primeira respiração sob a água a porta para um mundo diferente se abre. Não é um mundo independente, mas não deixa de ser diferente. Abra esta porta e entre. Sua vida nunca mais será a mesma!

Somente você pode dizer o que lhe impele ao mergulho autônomo. Se você procura por aventura, não ficará desapontado. Você a encontrará quer seja em um navio naufragado enquanto desvenda seus segredos em um recanto remoto do mundo entre outros povos e culturas, ou em sua região, mais próximo do que imaginou ser possível.

Mergulho na Ilha das Couves - Ubatuba/SP

Se você ama a natureza, veio ao lugar certo. Nenhum outro meio ambiente se aproxima em abundância, diversidade e intensidade de um recife de coral intacto. É possível ver mais espécies diversas em dez minutos em um recife do que em dez horas nas regiões silvestres mais inexploradas acima da superfície. Mas com o tempo, você descobrirá que mesmo lugares improváveis que parecem vazios e estéreis às pessoas inexperientes como um lago ou pedreira alagada, pulsam com organismos fascinantes, um lembrete de que a imaginação da natureza excede a nossa.

Ouriço do Mar Azul

Filhote de Paru

Lagosta

Cavalo Marinho

Se descobertas lhe intrigam, bem vindo ao espaço interior. Ainda que seja um clichê, não deixa de ser verdade que conhecemos melhor a superfície da lua do que o fundo dos nossos oceanos. Até mesmo nos locais de mergulho mais populares, você verá coisas que a maioria das pessoas nunca viu, e visitará lugares aonde a maioria das pessoas nunca irá. Mesmo com uma experiência de centenas de mergulhos, a visita a um novo local de mergulho traz sempre novas emoções de descoberta e visitar um local conhecido é quase como voltar para casa.
 
Tartaruga-verde e Moréia Verde brincando na Ilha Anchieta em Ubatuba/SP


Paru adulto


O mergulho autônomo significa enfrentar novos desafios. Ele constitui uma das raras atividades que fazem a adrenalina correr no sangue e provoca emoções fortes, ou traz calma e paz. Você pode aceitar desafios que requerem treinamento, planejamento, equipamento e concentração: procurar objetos perdidos, descer até 30 metros ou explorar seu local de mergulho favorito após o pôr-do-sol. Ou você pode se deixar levar ao longo de alguns ambientes mais tranquilos e lindos do mundo, sendo que a sua maior preocupação imediata seria decidir se deseja ou não parar e fotografar uma estrela do mar. De qualquer modo, a atividade de mergulho cresce com você. Há sempre algo novo para ver, algum lugar novo para explorar, alguma nova maneira de desfrutar da experiência. Nenhuma outra atividade se correlaciona tão fácil e precisamente às suas expectativas de hoje, de amanhã e de dez anos no futuro. É impossível superá-la.

Raia Manteiga

Estrela do Mar

Budião Vermelho

Você provavelmente viu fotografias, programas de televisão e filmes sobre mergulho, mas até que mergulhe é impossível compreender o que significa mergulhar. Nada na superfície da terra pode ser comparado com as sensações que você experimentará – a emoção de respirar debaixo d’água, a liberdade de sentir-se “sem peso” e imagens e sons sem paralelo.

Ilha Anchieta - Ubatuba/SP


(Texto de introdução, com algumas adaptações, da apostila do curso básico de mergulho autônomo PADI)

segunda-feira, 10 de março de 2014

Uma ode à felicidade!

São 6h30 da manhã, o celular desperta com uma música de sua preferência (no meu a música é Three Little Birds, música de Bob Marley na voz de Gilberto Gil). Levantar, trocar de roupa, lavar o rosto, escovar os dentes, tomar café, tirar o carro da garagem para ir trabalhar, enfrentar o trânsito, bater cartão, resolver várias coisas ao mesmo tempo, bater cartão para sair para o almoço, almoçar, escovar os dentes, bater cartão para voltar do almoço, resolver outras várias coisas, bater cartão de novo, pegar o carro e enfrentar o trânsito para voltar para casa, fazer um lanche, tomar banho, assistir televisão, escovar os dentes, deitar, apagar as luzes e dormir.

Apesar de fazermos isso quase todos os dias, acredito que esse não seja o modelo de felicidade almejada pela maioria de nós. Levando isso em consideração, comecei a refletir sobre o que me traz felicidade? Você saberia responder essa pergunta? O que te traz felicidade?

Depois de muito pensar, e repensar, creio que a felicidade não seja uma constante e sim fragmentos. E são esses fragmentos que podem fazer toda a diferença no nosso dia-a-dia. São os pequenos detalhes, as pequenas lembranças que podem fazer toda essa correria da rotina se tornar mais agradável. Finais de semana em viagem com a namorada, encontros de família, baladinhas com os amigos, acampamentos, viagens, músicas, sorrisos, parar o carro na faixa de pedestre para um idoso atravessar, bom dia recebido por um estranho com um sorriso, sorrisos, sorrisos e mais sorrisos!

São esses pedacinhos de vida realmente bem vividos, e que às vezes, por um motivo qualquer, deixamos passar que fazem toda a diferença nas nossas vidas, que nos fazem contar aos amigos com entusiasmo e FE-LI-CI-DA-DE.

Meu irmão e eu num luau chuvoso no Cupim Místico.

Se deixarmos de lado tudo de ruim e pesado que a rotina nos traz e nos apegarmos aos pequenos momentos bons, como diz meu amigo Marcelo Jeneci, "tem vez que as coisas pesam mais do que a gente pode aguentar. Nessa hora fique firme, pois tudo logo vai passar. Você vai rir, sem perceber, felicidade é só questão de ser".

Para encerrar, um vídeo do #wearecuritiba que, logo pela manhã de segunda-feira, me fez abrir um largo sorriso que durou pelo dia todo!



Já que é só uma questão de ser, então sejamos!!!