segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Caminos Andinos - 15º dia

A noite foi bem dormida. Descansei bastante. Às 7h o relógio despertou e levantei para arrumar as coisas. Já estava quase tudo arrumado, então foi rápido. Às 7h30 fomos tomar café e logo depois fomos levar as mochilas para o depósito. Por volta das 8h15 o pessoal da agência que ia nos levar ao Chacaltaya chegou e saímos para o passeio. A parte de pegar o resto do povo foi um pouco enrolada. Saímos para o pico quase 10h. O grupo era formado praticamente só por brasileiros.

A estrada para o pico é toda de terra, o que faz o caminho um pouco demorado. De ônibus, subimos até 5.300 metros de altitude, depois, a pé, subiríamos até 5.450. Chacaltaya é uma estação de esqui desativada, e fica bem ao lado do Huayna Potosí, o que lhe dá um visual incrível. Quando em funcionamento, era a de maior altitude do mundo. Ela só foi desativada por causa da mudança climática que o planeta vem sofrendo, o que fez a neve sumir aos poucos. No verão, por causa das nevascas, a chegada ao local fica muito perigosa.


Lá longe o Huayna Potosí, um dos picos mais altos da Bolívia.

O Huayna Potosí tem 6.088 metros de altitude, que podem ser vencidos em um dia e meio de subida.


A Estação de esqui desativada com o Chacaltaya ao fundo.

Ver neve foi bem legal, mas confesso que esperava mais. A caminhada até os 5.450 metros de altitude também não foi nada fácil. Foram pouco mais de 600 metros de caminhada em 45 minutos. Por mais que você puxe o ar ele nunca é suficiente, pois nessa altitude só tem 50% do oxigênio que encontramos no nível do mar.








Por volta das 14h já estávamos de volta à La Paz. Almoçamos num restaurante bem mais ou menos e com atendimento péssimo. Fomos a uma Lan House para passar o tempo e depois voltamos ao hostel para pegarmos as passagens para Uyuni e as roupas lavadas. Guardamos as passagens, arrumamos as roupas nas mochilas e fomos dar mais uma volta, já que o ônibus só sairia às 21h. Nesse meio tempo demos uma volta na famosa Calle de las Brujas, vimos umas lhamas empalhadas para oferenda à Pacha Mama e depois fomos mais uma vez para a internet. Depois de um bate papo gostoso com minha Linda Flor, fomos comer algo. Optamos por aquilo que mais se aproximou de um hambúrguer do Brasil. Até que foi bom.

Cartaz de um evento interessante, uma espécie de telecatch só de mulheres!

Oferendas para Pacha Mama, a mãe terra.

Voltamos ao hostel, pegamos as mochilas, chamamos um táxi e fomos ao ponto para embarcarmos no ônibus para Uyuni. Changando lá tivemos uma surpresa: o ônibus havia sido cancelado por causa de um bloqueio que os mineiros em greve de Challapata fizeram na estrada. Foi um banho de água fria! Encontramos lá, na mesma situação que a gente, uns brasileiros que havíamos conhecido no Peru. Tentamos fretar uma van para ir, mas ninguém quis tentar furar o bloqueio, porque um ônibus tentou e foi todo depredado, chagando a machucar uma passageira.


No tempo que ficamos pensando no que fazer, cogitei a hipótese de voltar para casa, mas os outros brasileiros e meu primo me convenceram a esperar até o dia seguinte para ver o que poderia acontecer. Não fiquei muito esperançoso não, mas tinha a convicção de que se a estrada não fosse liberada, voltaria para o Brasil sem conhecer o Salar de Uyuni.

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