O busão desta vez foi muito
confortável, até serviram chazinho e deram cobertor. A viagem foi
muito mais tranquila que a de ida. Nem vi as oito horas passarem. Na
poltrona ao lado da nossa estava uma brasileira que também estava
voltando para La Paz. Conversamos sobre os rolês da viagem e pouco
depois decidimos dormir. Coloquei os fones de ouvido para curtir um
som e quando eu estava na maior vibe, ela pediu para eu abaixar o
volume porque estava atrapalhando ela dormir. Fala a verdade! Abaixei
e mais tarde fui dormir. Acordei só em Puno.
Na rodoviária tivemos que trocar de
ônibus como haviam nos avisado em Cusco. Desembarcamos, trocamos o
voucher pela passagem e esperamos por duas horas até o embarque, que
seria às 7h. Com os soles que sobraram, paguei a taxa de embarque e
comprei dois copos de café. O copo até que veio caprichado mas o
café era meio chafé. Ficamos assistindo TV. Até que as duas horas
passaram rápido. Pouco antes de embarcar decidi gastar meus últimos
soles, comprei mais dois cafés, desta vez com leite. O leite aqui é
muito engraçado porque vem em lata mas não é em pó não, é leite
mesmo. O café com leite surpreendeu, estava muito mais gostoso do
que o primeiro café puro.
Embarcamos às 7h mas o ônibus saiu só
depois das 7h30. Esse ônibus era tão confortável quanto o outro,
por isso dormi quase que a viagem toda. Só fui acordar por volta das
10h30 (horário do Peru) quando chegamos à fronteira. Como das
outras vezes foi tranquilo, apesar da fila passamos sem problemas.
Pouco tempo depois já estávamos em Copacabana. Nossas aventuras no
Peru agora ficaram para trás, nas lembranças, nas fotos e neste
diário.
Acertei meu relógio porque a Bolívia
tem uma hora a mais de fusorário em relação ao Peru. Chegamos 12h
(horário da Bolívia) e já fomos comprar passagem para La Paz, pois
a coisa estava concorrida. Conseguimos passagem para às 13h30. Com
isso fomos almoçar uma trucha num restaurante safado, que serviu uma
comida muito regulada, nem matou a fome direito.
Copacabana, cidade que merece mais tempo numa próxima visita à Bolívia. |
Às 13h30 embarcamos para a capital
boliviana. Mais uma vez a viagem foi tranquila e eu dormi a maior
parte do tempo. Chegamos em La Paz por volta das 17h e fomos direto
para o hostel que já havíamos ficado da primeira vez. Não
conseguimos os mesmo Bs. 60,00, mas conseguimos por dez conto a mais
num quarto maior. Só deixamos as coisas no quarto e descemos para
acertar os passeios. A ideia era fazer downhill em Coroico no dia
seguinte e subir o Chacaltaya no outro. Mas, como era sexta-feira 13,
aconteceu o primeiro mio do nosso rolê, ninguém estava operando o
DH porque estava tendo festa em Coroico e o movimento na estrada
estava muito grande e o perigo maior. Descida de bike fail!
La Paz vista de El Alto, ao fundo o imponente Huayna Potossi. |
De volta ao peculiar trânsito de La Paz. |
Adiantamos o roteiro então. Fomos
subir o Chacaltaya. Só que, para nossa sorte não tinha nenhum grupo
disponível, para irmos teria que ser particular, o que ficaria entre
50 e 100 dólares. Mas, para a nossa sorte, na última agência,
conseguimos por Bs. 60,00. A sexta não estava tão 13 assim. Também
fechamos o ônibus para Uyuni para às 19h do dia seguinte. Assim
poderemos fazer os três dias de Salar e Deserto de Siloli sem
atrapalhar a minha volta ao trabalho. Confesso que fiquei um pouco
decepcionado em não fazer o DH, mas tudo bem, agora tenho mais um
pretexto para voltar a La Paz. O outro pretexto é subir o Huayna
Potossi.
Fomos trocar dinheiro, jantar e comprar
os presentes que faltavam. Na volta ao hostel pagamos a hospedagem, a
passagem para Uyuni e aproveitamos para deixar a roupa para lavar.
Agora o esquema é dormir porque o dia começará às 7h e com uma
montanha de 5.300 metros de altitude para subir!