terça-feira, 27 de agosto de 2013

Caminos Andinos - 14º dia

O busão desta vez foi muito confortável, até serviram chazinho e deram cobertor. A viagem foi muito mais tranquila que a de ida. Nem vi as oito horas passarem. Na poltrona ao lado da nossa estava uma brasileira que também estava voltando para La Paz. Conversamos sobre os rolês da viagem e pouco depois decidimos dormir. Coloquei os fones de ouvido para curtir um som e quando eu estava na maior vibe, ela pediu para eu abaixar o volume porque estava atrapalhando ela dormir. Fala a verdade! Abaixei e mais tarde fui dormir. Acordei só em Puno.

Na rodoviária tivemos que trocar de ônibus como haviam nos avisado em Cusco. Desembarcamos, trocamos o voucher pela passagem e esperamos por duas horas até o embarque, que seria às 7h. Com os soles que sobraram, paguei a taxa de embarque e comprei dois copos de café. O copo até que veio caprichado mas o café era meio chafé. Ficamos assistindo TV. Até que as duas horas passaram rápido. Pouco antes de embarcar decidi gastar meus últimos soles, comprei mais dois cafés, desta vez com leite. O leite aqui é muito engraçado porque vem em lata mas não é em pó não, é leite mesmo. O café com leite surpreendeu, estava muito mais gostoso do que o primeiro café puro.

Embarcamos às 7h mas o ônibus saiu só depois das 7h30. Esse ônibus era tão confortável quanto o outro, por isso dormi quase que a viagem toda. Só fui acordar por volta das 10h30 (horário do Peru) quando chegamos à fronteira. Como das outras vezes foi tranquilo, apesar da fila passamos sem problemas. Pouco tempo depois já estávamos em Copacabana. Nossas aventuras no Peru agora ficaram para trás, nas lembranças, nas fotos e neste diário.

Acertei meu relógio porque a Bolívia tem uma hora a mais de fusorário em relação ao Peru. Chegamos 12h (horário da Bolívia) e já fomos comprar passagem para La Paz, pois a coisa estava concorrida. Conseguimos passagem para às 13h30. Com isso fomos almoçar uma trucha num restaurante safado, que serviu uma comida muito regulada, nem matou a fome direito.

Copacabana, cidade que merece mais tempo numa próxima visita à Bolívia.
Às 13h30 embarcamos para a capital boliviana. Mais uma vez a viagem foi tranquila e eu dormi a maior parte do tempo. Chegamos em La Paz por volta das 17h e fomos direto para o hostel que já havíamos ficado da primeira vez. Não conseguimos os mesmo Bs. 60,00, mas conseguimos por dez conto a mais num quarto maior. Só deixamos as coisas no quarto e descemos para acertar os passeios. A ideia era fazer downhill em Coroico no dia seguinte e subir o Chacaltaya no outro. Mas, como era sexta-feira 13, aconteceu o primeiro mio do nosso rolê, ninguém estava operando o DH porque estava tendo festa em Coroico e o movimento na estrada estava muito grande e o perigo maior. Descida de bike fail!

La Paz vista de El Alto, ao fundo o imponente Huayna Potossi.

De volta ao peculiar trânsito de La Paz.

Adiantamos o roteiro então. Fomos subir o Chacaltaya. Só que, para nossa sorte não tinha nenhum grupo disponível, para irmos teria que ser particular, o que ficaria entre 50 e 100 dólares. Mas, para a nossa sorte, na última agência, conseguimos por Bs. 60,00. A sexta não estava tão 13 assim. Também fechamos o ônibus para Uyuni para às 19h do dia seguinte. Assim poderemos fazer os três dias de Salar e Deserto de Siloli sem atrapalhar a minha volta ao trabalho. Confesso que fiquei um pouco decepcionado em não fazer o DH, mas tudo bem, agora tenho mais um pretexto para voltar a La Paz. O outro pretexto é subir o Huayna Potossi.


Fomos trocar dinheiro, jantar e comprar os presentes que faltavam. Na volta ao hostel pagamos a hospedagem, a passagem para Uyuni e aproveitamos para deixar a roupa para lavar. Agora o esquema é dormir porque o dia começará às 7h e com uma montanha de 5.300 metros de altitude para subir!

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